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Apresentação

A ideia para criar este blog surgiu no âmbito do tema da nossa Área de Projecto, que relaciona a saúde e os avanços da ciência e da tecnologia nos nossos dias com o quotidiano.

Escolhemos o tema da auto-imunidade porque está inserido no fascinante capítulo do livro de Biologia doptado pela escola, "Imunidade e Controlo de Doenças", e também pois a pesquisa será muito importante para a nossa vida profissional futura.

Neste blog postaremos inúmeras doenças auto-imunes, e esperamos que estas informações sejam úteis aos leitores.

terça-feira, 20 de maio de 2008

TIRÓIDITE DE HASHIMOTO

Esta é uma doença na qual o sistema imunitário do indivíduo ataca desapropriadamente a tiróide, produzindo anticorpos contra as células da mesma. Esta é uma das mais importantes glândulas do sistema endócrino, localizada mesmo por debaixo da ' maçã de Adão ', uma vez que coordena muitas das actividades do corpo, como a digestão, o metabolismo e mesmo a reprodução.
Mais comum em mulheres, afecta principalmente idades entre 45 e 65 anos, podendo ser das principais causas do hipotiroidismo. A incidência é também maior em pacientes com mutações cromossómicas (como síndrome de Dowm, Klinefelter ou Turner).
A tiróide produz essencialmente duas hormonas: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que controlam a temperatura do corpo, o uso de gorduras e hidratos de carbono, influenciam o bater do coração e regulam a produção de proteínas.
A concentração destas hormonas é controlada pelo complexo hipotálamo-hipófise: o hipotálamo induz a produção da hormona TSH pela hipófise, cuja concentração regula (por retroacção negativa ou positiva) a produção de T4 e T3 pela tiróide. Porém este equilíbrio pode ser quebrado pela produção inapropriada de anticorpos que ataquem as células da tiróide, causando a inflamação da mesma e impedindo a produção de tiroxina e triiodotironina. Assim, a hipófise, por retroacção positiva aumenta a produção de TSH, levando ao edema da tiróide.
As causas desta desordem não estão porém bem definidas, mas estima-se que a invasão de vírus ou bactérias a pode desencadear, ou que tenha origem genética, ou até mesmo que seja a consequência de vários factores em conjunto como sexo, idade, hereditariedade.
Os sintomas não são exclusivos da doença, uma vez que na maioria dos casos esta se desenvolve silenciosamente ao longo de anos, e não se manifesta senão quando atinge o carácter de hipotiroidismo.
No início os sintomas não passam de fadiga ou lentidão, pouco alarmistas pois o paciente atribui-os ao envelhecimento. Contudo, à medida que a doença avança surge: sensibilidade ao frio, constipações, pele pálida e seca, voz rouca, aumento do nível de colesterol, aumento de peso, dores nos músculos e nas uniões (joelhos, falanges...), hemorragias menstruais excessivas.
Além disso, pode também notar-se uma progressiva depressão e esquecimentos, resultado de processos mais lentos ao nível do sistema nervoso.
Sem tratamento, esta doença pode evoluir para outras, causando problemas entre os quais bócio (pelo edema ao nível da tiróide); problemas de coração (devido ao aumento de colesterol LDL); problemas mentais como depressões; mixedema; deficiências no feto (em pacientes grávidas existe o risco dos filhos nascerem com problemas ao nível do coração, dos rins e do cérebro).
O diagnóstico da doença baseia-se não só nos sintomas demonstrados pelo paciente, como também em análises ao sangue que permitem:
- Determinar a concentração das hormonas produzidas pela tiróide e pela hipófise, comparando-as com as de referência;
- Confirmar a presença de auto-anticorpos contra a tiróide;
Os testes com a hormona TSH são os primeiros ao qual o médico recorrerá, pois também o ajudarão na determinação da dosagem indicada de tratamento.
O tratamento da tiróidite pode ser feito através de hormonas sintéticas, como levothyroxine (Levothroid, Levoxyl, Synthroid) que restabelecem os niveis normais de tiroxina no sangue além de baixarem os níveis de LDL e induzirem uma baixa de peso.
A dosagem do tratamento deve ser bem controlado pelo médico, uma vez que em excesso pode levar a arritmias ou agravar a osteoporose.
Não são conhecidos efeitos secundários, mas são necessários cuidados alimentares e vigilância em relação a outros medicamentos tomados em conjunto com estas hormonas.

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